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Economia Celg

Aumento da tarifa de energia: Pela restatização da CELG e por energia mais barata e de qualidade!

Nas áreas rurais, a tarifa aumentará em 14%, enquanto nas cidades, esse aumento será de 10%.

15/08/2023 11h11
Por: Gideone Rosa Fonte: STIUEG
A Enel chegou após a privatização da CELG D em 2017, esse processo prometia melhoria na qualidade da prestação de serviço, qualidade na continuidade do fornecimento e tarifas baixas.
A Enel chegou após a privatização da CELG D em 2017, esse processo prometia melhoria na qualidade da prestação de serviço, qualidade na continuidade do fornecimento e tarifas baixas.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Goiás (STIUEG) convoca a população a participar da audiência pública promovida pela ANEEL, em 17 de agosto de 2023, às 9h, para discutir o aumento das tarifas de energia praticado pela Equatorial em Goiás. A reunião será realizada no Auditório Eli Alves Forte da OAB/GO, localizado na Rua 1121, nº 200, Setor Marista.

O cenário anuncia mais um aumento nas contas de energia. Nas áreas rurais, a tarifa aumentará em 14%, enquanto nas cidades, esse aumento será de 10%. Mais uma vez, os goianos estão destinados a arcar com as consequências e custos da privatização, enquanto a Equatorial colhe os frutos dos lucros recordes.

A Enel chegou após a privatização da CELG D em 2017, esse processo prometia melhoria na qualidade da prestação de serviço, qualidade na continuidade do fornecimento e tarifas baixas. No entanto, a realidade foi muito diferente das promessas iniciais. A empresa registrou lucros recordes, como evidenciado em 2018, em contrapartida, os investimentos minguaram, gerando impactos diretos aos consumidores.

Ao longo desse período, o consumidor foi novamente confrontado com um ônus financeiro, à medida que o Estado de Goiás instituiu o FUNAC, um fundo destinado a assumir parte das dívidas anteriores à privatização. Os investimentos que a Enel anunciou tiveram pouco impacto tangível na qualidade do fornecimento de energia elétrica. Uma brecha na regulação permitiu que a empresa investisse em novos equipamentos, resultando no aumento das tarifas durante os períodos de revisão tarifária, enquanto investimentos em manutenção da rede, que realmente contribuiriam para a qualidade, permaneceram em níveis baixos.

O período foi marcado pela demissão em massa de trabalhadores, uma onda de terceirização, o aumento do assédio moral, a insatisfação dos consumidores e protestos de produtores rurais em todo o estado, além do aumento indiscriminado nas tarifas elétricas.

Em 2022, os banqueiros da Equatorial já estavam tramando sua entrada no estado. A ANEEL, que deveria zelar pelo equilíbrio e qualidade dos serviços, acabou atuando mais como advogada dos grandes grupos financeiros, garantindo concessões à empresa, como a extensão até 2026 de uma cláusula que impede a rescisão do contrato por falta de requisitos mínimos de qualidade.

A gestão dos banqueiros da Equatorial, iniciada em 2023, deixou claro suas intenções. O assédio moral tornou-se uma prática de gestão, demissões diárias, desrespeito aos acordos coletivos, proibição de entrada de sindicatos no local de trabalho, tentativas de reduzir os salários dos trabalhadores, diminuição das equipes e redução dos terceirizados, foram apenas alguns dos problemas enfrentados. Os profissionais que ainda estão na empresa estão solicitando a saída via pedido de rescisão indireta, por conta do estado de adoecimento provocado pelo relato acima, os banqueiros são uma verdadeira indústria do adoecimento.

As demissões têm impacto direto na população, uma vez que o setor elétrico exige alto nível de conhecimento e experiência. Dispensar trabalhadores experientes prejudica a performance da empresa, compromete a transferência de conhecimento aos novos funcionários e, por consequência, afeta a população. Isso resulta na chamada "perda de capital intelectual", tudo em nome da busca pelo lucro imediato.

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